domingo, 28 de dezembro de 2008

“UMA CIDADE EM PÉ DE GUERRA”:memórias (de uma época) que jamais se perderão no tempo

Rusel Barroso

Escritor e pesquisador lagartense; membro da Associação Sergipana de Imprensa


De autoria dos professores Alailsson Modesto, Patrícia Monteiro e Raylane Santos, foi apresentado no Espaço Charles Brício (antigo Cine-Teatro Glória) o lançamento do livro Uma cidade em pé de guerra, dia 17/12, sob a organização do professor Claudefranklin Monteiro.A produção trata do resultado de três estudos monográficos escritos no final dos anos 90, na UFS, com o objetivo de informar a origem e mostrar as questões histórico-sociais que envolvem acontecimentos políticos da História de Lagarto. Um convite à reflexão e à tomada de consciência que identifica um povo marcado pela rivalidade partidária, segundo os autores.Não obstante a timidez de comparecimento da juventude lagartense a encontros culturais, o Espaço recebeu um número considerável de abnegados à educação e à cultura da terra de Sílvio Romero, momento em que o Grupo de Teatro Cobras & Lagartos, com a apresentação de Assuero Cardoso e Ivilmar Santos, deu um show admirável de talento e descontração. Vale ressaltar que os estudantes de Lagarto precisam ser mais incentivados a participar desse tipo evento por professores e membros do Comitê Gestor de suas escolas.Em meio aos representantes da política local, fizeram-se presentes o senhor Rosendo Ribeiro Filho, acompanhado de sua filha Luíza Ribeiro; o jovem Fábio Reis, ao lado do prefeito José Rodrigues dos Santos, representando o avô, senhor Artur de Oliveira Reis; o jovem Aloísio “Prefeitinho”, representando o deputado José Valmir Monteiro, além de curiosos e profissionais de diferentes áreas.Para os que não conhecem a história, Saramandaia e Bole-bole são cognomes atribuídos aos dois maiores grupos políticos adversários em Lagarto, a partir da década de 70, inspirados em novelas da Globo que retratavam o mandonismo de uma época.Durante o evento, foram apresentados alguns depoimentos de residentes ligados à política local, bem como entrevistas com dois líderes políticos que marcaram época: Artur Reis e Ribeirinho. Entre os aspectos positivos da solenidade de lançamento do livro, o respeito atribuído aos dois grupos, lembrando que Lagarto, conforme registra a história, é uma terra em que cada um, a seu modo, dá a sua parcela de contribuição com muito amor. Nossos cumprimentos, portanto, aos organizadores e envolvidos no projeto, por sua singeleza e importância. Que “Uma cidade em pé de guerra” seja motivo de muita harmonia para os lagartenses, sobretudo para os de novas e futuras gerações, pois nele jaz o registro de memórias que jamais se perderão no tempo!

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