Na terça-feira do dia 07 de abril de 2009, a cidade de Lagarto-SE foi atraída por uma curiosidade que há muito não se via: um achado subterrâneo na Maternidade Monsenhor Daltro, fundada no ano de 1950.
Os trabalhos da Construtora CW seguiam em ritmo normal, quando os operários foram supreendidos pela existência de galerias de tijolinhos no subsolo da área externa, direita, da Maternidade. A notícia correu como fumaça e logo, centenas de curiosos já se aglomeravam no local e sendo responsáveis por criarem as estórias mais variadas e hilárias possíveis.
Inicialmente, e de forma precipitada, se levantou uma série de hipóteses que buscavam justificar o valor histórico e patrimonial do achado.
As informações íam da existência de vestígios de senzalas a porões usados pelos algozes da Ditadura Militar, o quê deixou pesquisadores, historiadores e estudantes altamente ansiosos por desvendar o mistério, e à luz da ciência histórica, validar ou não o achado nestes termos.
No dia seguinte, os professores e historiadores Claudefranklin e Patrícia Monteiro, o músico e historiador Floriano Fonseca e o estudante de história e assistente de pesquisa Luan Henrique, estiveram no local por volta das nove e trinta, e sem perder tempo, se puseram a sondar o tal achado.
O jovem Luan Henrique tomou a iniciativa, após registrar algumas imagens daquela que seria uma espécie de força tarefa da história, e logo se pôs a descer por uma escada posta pelos operários numa pequena abertura feita no solo. Em seguida, foi a fez do historiador Claudefranklin Monteiro, este que agora narra tais fatos.
Após coleta de algumas imagens e reflexões feitas em torno do conjunto arquitetônico, chegou a conclusão de que não se tratava, para decepção de todos, nem de uma senzala, nem tão pouco de porões da Ditadura. Conclusões preliminares, com fortes doses de certeza, acusam a existência naquele local de uma fossa séptica, de um vertedouro de restos de parto ou até mesmo de um reservatório de água.
Tais considerações, em sendo confirmadas por outras análises, são levantadas, principalmente, com base em alguns indícios como: forma de postagem dos tijolos (com espaços que acusam a dispersão de conteúdo líquido), altura (apoximadamente quatro metros) e uma tampa no alto da galeria, que lembra a de um reservatório típico.
Outra conclusão frustrante, frente às expectativas criadas em torno do achado, é que se trata de uma construção típica dos anos 1950.
É fato que o achado não deixa de ter seu valor histórico, sobretudo pela forma engenhosa com que fora construído (lembrando galerias) e a perfeição na postagem dos tijolos, colunas de sustentação e teto.
Ainda que a decisão do Poder Executivo venha a ser o de preencher o local com entulhos, apelo para o bom-sendo e solicito calma nesta tarefa, pois nossas conclusões podem estar equivocadas. Frente à curiosidade gerada, acreditamos que a coisa seja explorada do ponto de vista turístico. O local pode ser transformado num ambiente de visitação, com a construção de escadas que levem ao fundo. Nas paredes que ligam as galerias poderiam ser abertas portadas para os visitantes se deslocarem e expostas fotos, objetos e bens culturais que remetessem à história daquela importante casa de saúde.
A idéia é que se crie um Memorial subterrâneo e que este fosse explorado para angariar recursos que se destinassem à manutenção do espaço e a obras de caridade. Se os administradores forem sensíveis a essa proposta, estarão salvando parte de nossa história e fomentando curiosidade histórica na estudantada do município.
Os trabalhos da Construtora CW seguiam em ritmo normal, quando os operários foram supreendidos pela existência de galerias de tijolinhos no subsolo da área externa, direita, da Maternidade. A notícia correu como fumaça e logo, centenas de curiosos já se aglomeravam no local e sendo responsáveis por criarem as estórias mais variadas e hilárias possíveis.
Inicialmente, e de forma precipitada, se levantou uma série de hipóteses que buscavam justificar o valor histórico e patrimonial do achado.
As informações íam da existência de vestígios de senzalas a porões usados pelos algozes da Ditadura Militar, o quê deixou pesquisadores, historiadores e estudantes altamente ansiosos por desvendar o mistério, e à luz da ciência histórica, validar ou não o achado nestes termos.
No dia seguinte, os professores e historiadores Claudefranklin e Patrícia Monteiro, o músico e historiador Floriano Fonseca e o estudante de história e assistente de pesquisa Luan Henrique, estiveram no local por volta das nove e trinta, e sem perder tempo, se puseram a sondar o tal achado.
O jovem Luan Henrique tomou a iniciativa, após registrar algumas imagens daquela que seria uma espécie de força tarefa da história, e logo se pôs a descer por uma escada posta pelos operários numa pequena abertura feita no solo. Em seguida, foi a fez do historiador Claudefranklin Monteiro, este que agora narra tais fatos.
Após coleta de algumas imagens e reflexões feitas em torno do conjunto arquitetônico, chegou a conclusão de que não se tratava, para decepção de todos, nem de uma senzala, nem tão pouco de porões da Ditadura. Conclusões preliminares, com fortes doses de certeza, acusam a existência naquele local de uma fossa séptica, de um vertedouro de restos de parto ou até mesmo de um reservatório de água.
Tais considerações, em sendo confirmadas por outras análises, são levantadas, principalmente, com base em alguns indícios como: forma de postagem dos tijolos (com espaços que acusam a dispersão de conteúdo líquido), altura (apoximadamente quatro metros) e uma tampa no alto da galeria, que lembra a de um reservatório típico.
Outra conclusão frustrante, frente às expectativas criadas em torno do achado, é que se trata de uma construção típica dos anos 1950.
É fato que o achado não deixa de ter seu valor histórico, sobretudo pela forma engenhosa com que fora construído (lembrando galerias) e a perfeição na postagem dos tijolos, colunas de sustentação e teto.
Ainda que a decisão do Poder Executivo venha a ser o de preencher o local com entulhos, apelo para o bom-sendo e solicito calma nesta tarefa, pois nossas conclusões podem estar equivocadas. Frente à curiosidade gerada, acreditamos que a coisa seja explorada do ponto de vista turístico. O local pode ser transformado num ambiente de visitação, com a construção de escadas que levem ao fundo. Nas paredes que ligam as galerias poderiam ser abertas portadas para os visitantes se deslocarem e expostas fotos, objetos e bens culturais que remetessem à história daquela importante casa de saúde.
A idéia é que se crie um Memorial subterrâneo e que este fosse explorado para angariar recursos que se destinassem à manutenção do espaço e a obras de caridade. Se os administradores forem sensíveis a essa proposta, estarão salvando parte de nossa história e fomentando curiosidade histórica na estudantada do município.
Um comentário:
Essa descoberta na cidade de lagarto nos trouxe muitas curisidades. E eu tive o prazer de fazer parte dessa pesquisa juntamente com os historiadores consagrados da cidade de lagarto. Tem orgulho de fazer parte dessa equipe de historiadores. Lagarto precida conservar a sua história.
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