segunda-feira, 6 de julho de 2009

LAGARTO, PEDE PRA SAIR!

“É tanta violência na cidade; brother, quanta criminalidade... a gente precisa de um super-homem, que faça mudanças imediatas...”. Assim se expressa, muito apropriadamente, em um de seus inúmeros sucessos, o cantor de reage brasileiro, Édson Gomes.
A fonte inspiradora bem que poderia ser a cidade de Lagarto do tempo presente. Avolumam-se, com muita preocupação, as ocorrências criminosas em nossa sociedade, a ponto de até mesmo a tranqüilidade da zona rural ser colocada em xeque.
Não é a primeira vez que desenvolvo algo a respeito. Nos anos 90, precisamente em meados da década, uma onda de desordem, sobretudo crimes, tirou o sossego dos lagartenses. Na ocasião, foi necessário fazer uso do famigerado (porém, eficiente) toque de recolher. Salvo engano, destaque para um chefe de polícia cuja alcunha era “Diabo Loiro”. O fato é que a ordem retornou ao seu normal.
Passados esses anos, a situação não só se repete, como se agrava consideravelmente, ao ponto do intolerável. E a conjuntura exige ou pelo menos pede medidas urgentes e eficazes.
Embora seja cômodo, e até mesmo senso-comum, criticar a polícia e seus sérios problemas de preparo, motivação e salário, penso que a coisa vai mais além, como pede Édson Gomes, “mudanças imediatas”. Mudanças de toda ordem e fator, sobremodo de postura.
Pensando nisso, não isento as autoridades judiciais e nem tão pouco a sociedade de um modo geral pelo caos instalado em Lagarto no campo da segurança pública (melhor dizendo: INSEGURANÇA PÚBLICA). Trata-se de um conjunto, que sendo desta forma, precisa e urge ações também no mesmo nível.
É fato que a legislação brasileira é complacente e permissiva com a bandidagem, o que dificulta em muito a ação policial. Então, esta precisa ser o primeiro alvo das mudanças imediatas. Devemos inverter a ordem das coisas: não somos nós que devemos ser reféns dos marginais, mas eles do Estado e de sua força policial. Essa idéia de regeneração é balela, ainda mais no sistema carcerário que temos (aliás, em Lagarto não se tem onde prender ninguém, por isso normalmente se solta o meliante poucas horas do delito cometido).
Assim, principalmente após assistir o filme Tropa de Elite, mudei de imediato meu super-herói predileto de “homem-aranha” (norte-americano) para Capitão Nascimento (brazuca). Sim, pois este reúne aquilo que precisamos nesse momento: profissionalismo, devoção familiar e intolerância com a criminalidade. Por acaso um bandido ao invadir sua casa ou tirar uma vida sabe o que é piedade? Bandido tem que ser tratado como bandido, e me perdoem os juristas de plantão. Essa deve ser a filosofia: “pede pra sair”; caso contrário, nos eternizaremos vítimas desse sistema perverso para todo o sempre.
Que a música seja outra, ou continuaremos melodiando melancolicamente a assertiva: “... ninguém aceita constituição e todos acreditam no futuro da nação”. Que o diga o velho e inesquecível Renato Russo.

Um comentário:

Jesus/Boquim disse...

Olá meu mestre...Felicito pelo belo trabalho no seu blog...fiz um sobre a minha Boquim...Ah sim coloquei o seu entre os meus favoritos...sobre nossa longa história seja ciclica ou linear deixemos nossa marca até na web... são fontes...A nossa condição é fazer a diferença...por isso fazemos História! Abraços de Jesus!