Passados dez anos da conquista do título sergipano de 1998, o Atlético Clube Lagartense, com uma das maiores e mais fiéis torcidas do Estado de Sergipe, amarga, há quase dois anos, a incômoda situação de time de segunda divisão. Considerando a mediocridade do futebol sergipano, as lembranças de tempos áureos são apenas lampejos daquelas inesquecíveis tardes de domingo no Estádio Paulo Barreto, o cadavérico Barretão.
Fundado no dia 11 de agosto de 1992, há exatos 16 anos, o Atlético Clube Lagartense, de cores verde, vermelho e branco, substituiu o falido Lagarto Esporte Club (de saudosa memória). Com importantes participações em torneios nacionais, a exemplo das Copas do Brasil de 1999 e 2001, chegou a lotar o Barretão contra o Fluminense e a incomodar o time carioca numa memorável partida no Maracanã; logo se tornou na mais nova onda do futebol sergipano, incomodando os grandes Sergipe e Confiança. Além disso, chegou a ser Vice-campeão da Copa Alagipe de 2005.
Ao contrário do que afirma nosso ilustre conterrâneo Euler Ferreira em seu artigo “Repensar Lagarto” (www.lagartonet.com – 29.09.2008), a postura administrativa “do banqueiro do jogo do bicho” daquele contexto foi decisiva para o título. Num ambiente marcado pela dubiedade dos dirigentes de futebol e, sobretudo da Federação Sergipana de então, foi necessário uma equipe de timoneiros (moralmente corretos ou não) que soubesse onde “o cão” se escondia e com força política para enfrentar os medalhões de nosso paupérrimo futebol, como afirma o jornalista Emerson Carvalho em seus comentários de arbitragem nas transmissões do Sistema Progresso de Comunicação.
Não esquecendo ainda, de três detalhes técnicos que superam qualquer cheiro de sujeira: comandava a equipe com experiência, o vitorioso Zuza. Peça fundamental naquela conquista, escalando e substituindo corretamente. Além disso, dizia-se que o time voava em campo, graças à inteligência e o pulso firme do Professor Valmar e à preparação de goleiros do velho e bom Professor Berevaldo. De um modo geral, era uma equipe muito forte e bastante competitiva. Mereceu com justiça aquele campeonato de 1998.
Entre os anos de 2004 e 2006, foi comandado pelo Deputado Federal Jerônimo Reis. Apesar da iniciativa de profissionalizar as ações do clube, o mesmo teve que conviver com problemas de arbitragens e até mesmo com o policiamento sergipano, fatores que contribuíram de forma decisiva para o desestímulo de todos, inclusive o seu. Tal contexto pôs o clube na crista dos holofotes da imprensa da capital que não economizou críticas ao Lagartense, desestabilizando não só dirigentes como jogadores e torcedores.
Apesar da queda melancólica em 2007, as participações do Lagartense no Campeonato Sergipano foram dignas de time grande. Além de ter sido campeão em 1998, contra tudo e contra todos, apresentou campanhas memoráveis como as de 2002 e sempre esteve entre os maiores públicos, algumas vezes chegando a superar os grandes da capital.
Durante a disputa do certame de 2008, as mazelas do Clube vieram à tona de forma vexatória. Com um débito que ultrapassa a cifra de 100 mil reais, o time começou de forma patética a segunda divisão, perdendo por WO. Simplesmente porque não havia time para competir. Apesar dos esforços de seu tesoureiro, o Prof. Hélio Nascimento (o Hélio do Laudelino), o time não foi bem e, no aniversário dos dez anos de seu mais importante título, continua na situação em que se encontra.O momento atual deveria ser de grandes lembranças e até mesmo de festa, mas o torcedor lagartense, apaixonado pelo seu time não tem nenhum motivo para sequer esboçar um sorriso em seu rosto sofrido da labuta árdua da semana. É impressionante como nossas potencialidades são desperdiçadas e como a gente do Lagarto não conseguiu ainda perceber que nossas coisas são de primeira categoria e não de segunda divisão.
Não esquecendo ainda, de três detalhes técnicos que superam qualquer cheiro de sujeira: comandava a equipe com experiência, o vitorioso Zuza. Peça fundamental naquela conquista, escalando e substituindo corretamente. Além disso, dizia-se que o time voava em campo, graças à inteligência e o pulso firme do Professor Valmar e à preparação de goleiros do velho e bom Professor Berevaldo. De um modo geral, era uma equipe muito forte e bastante competitiva. Mereceu com justiça aquele campeonato de 1998.
Entre os anos de 2004 e 2006, foi comandado pelo Deputado Federal Jerônimo Reis. Apesar da iniciativa de profissionalizar as ações do clube, o mesmo teve que conviver com problemas de arbitragens e até mesmo com o policiamento sergipano, fatores que contribuíram de forma decisiva para o desestímulo de todos, inclusive o seu. Tal contexto pôs o clube na crista dos holofotes da imprensa da capital que não economizou críticas ao Lagartense, desestabilizando não só dirigentes como jogadores e torcedores.
Apesar da queda melancólica em 2007, as participações do Lagartense no Campeonato Sergipano foram dignas de time grande. Além de ter sido campeão em 1998, contra tudo e contra todos, apresentou campanhas memoráveis como as de 2002 e sempre esteve entre os maiores públicos, algumas vezes chegando a superar os grandes da capital.
Durante a disputa do certame de 2008, as mazelas do Clube vieram à tona de forma vexatória. Com um débito que ultrapassa a cifra de 100 mil reais, o time começou de forma patética a segunda divisão, perdendo por WO. Simplesmente porque não havia time para competir. Apesar dos esforços de seu tesoureiro, o Prof. Hélio Nascimento (o Hélio do Laudelino), o time não foi bem e, no aniversário dos dez anos de seu mais importante título, continua na situação em que se encontra.O momento atual deveria ser de grandes lembranças e até mesmo de festa, mas o torcedor lagartense, apaixonado pelo seu time não tem nenhum motivo para sequer esboçar um sorriso em seu rosto sofrido da labuta árdua da semana. É impressionante como nossas potencialidades são desperdiçadas e como a gente do Lagarto não conseguiu ainda perceber que nossas coisas são de primeira categoria e não de segunda divisão.
Um comentário:
Parabens pelo artigo. muito bom!
ASS. Arielson
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