Neste final de semana, como tradicionalmente se dá há mais de oitenta anos sempre nos finais de maio, ocorre uma das mais autênticas e tradicionais manifestações culturais de Lagarto: a silibrina. No passado, pudor, risco e celebração; no tempo presente, a odiosa anarquia.
Quando adolescente, ouvindo as histórias de minha mãe, a saudosa Claudemira, ensaiava todos os anos acompanhar a silibrina e ainda hoje o faço. Acontece que na primeira vez que resolvi de fato me inteirar, fui atingindo covardemente por um “pitu”, que ao explodi, rasgou, superficialmente meu lábio inferior. Se estas linhas pudessem dizer quem fora o autor da “proeza”, ficariam todos estupefatos, porém nem tão surpresos frente às peripécias do infante prodigioso em outras ocasiões (abafa o caso). O projétil fora atirado de dentro do carro do dito anônimo.
Frente à tão horrenda barbárie, a silibrina me criou um asco sem tamanho, mas não me tirou o bairrismo. Não há como pensar em identidade lagartense, sem nos remetermos a essa manifestação, dada, sobretudo a sua essência criativa: 1) celebrar a chegada dos festejos juninos; 2) orar pelos santos juninos; 3) confraternizar.
O aspecto criminoso da silibrina chegou a tal nível, apesar dos esforços despendidos pelo dedicado Sr. Hamilton Prata, que o Ministério Público nos últimos anos interferiu prontamente, mudando até o seu cortejo tradicional, “matando”, para fins de segurança, boa parte de seu romantismo.
Se pensarmos a silibrina enquanto fenômeno popular, manifestação cultural, a espontaneidade é um traço comum, mas esta foi atingida, desde início dos anos 90 pela animosidade desassistida de alguns rebeldes sem causa de nossa sociedade, sobretudo da “marginália” elitizada. Sim, porque não se pode atribuir somente aos pobres as atrocidades dos últimos anos (depredação de chash de Bancos, praça pública, prédios públicos, espaços particulares, entre outros), como justificativa dos desvios de comportamento de muitos daqueles jovens sob a inoperância de boa parte dos pais.
Em que pesem tais observações, devo salientar que em nome da preservação dessa cultura, todo esforço é pouco, haja vista a sua importância para a nossa memória histórica. Porém, é preciso muito cuidado e muita prudência, mas sobremodo o braço forte da lei, punindo os culpados.
A novidade desse ano é o apoio mais de perto, interado até, da Secretaria Municipal de Esporte e Lazer. A organização promete fazer uma das maiores festas dos últimos anos. Torcemos para que ela traga de volta os fantasmas de Seu Temístocles, Maninho de Zilá, Zé Monteiro do Bar e tantos outros que em tempos distantes fizeram da expressão “Lagarto em chamas” uma explosão de alegria e de diversão.
Quando adolescente, ouvindo as histórias de minha mãe, a saudosa Claudemira, ensaiava todos os anos acompanhar a silibrina e ainda hoje o faço. Acontece que na primeira vez que resolvi de fato me inteirar, fui atingindo covardemente por um “pitu”, que ao explodi, rasgou, superficialmente meu lábio inferior. Se estas linhas pudessem dizer quem fora o autor da “proeza”, ficariam todos estupefatos, porém nem tão surpresos frente às peripécias do infante prodigioso em outras ocasiões (abafa o caso). O projétil fora atirado de dentro do carro do dito anônimo.
Frente à tão horrenda barbárie, a silibrina me criou um asco sem tamanho, mas não me tirou o bairrismo. Não há como pensar em identidade lagartense, sem nos remetermos a essa manifestação, dada, sobretudo a sua essência criativa: 1) celebrar a chegada dos festejos juninos; 2) orar pelos santos juninos; 3) confraternizar.
O aspecto criminoso da silibrina chegou a tal nível, apesar dos esforços despendidos pelo dedicado Sr. Hamilton Prata, que o Ministério Público nos últimos anos interferiu prontamente, mudando até o seu cortejo tradicional, “matando”, para fins de segurança, boa parte de seu romantismo.
Se pensarmos a silibrina enquanto fenômeno popular, manifestação cultural, a espontaneidade é um traço comum, mas esta foi atingida, desde início dos anos 90 pela animosidade desassistida de alguns rebeldes sem causa de nossa sociedade, sobretudo da “marginália” elitizada. Sim, porque não se pode atribuir somente aos pobres as atrocidades dos últimos anos (depredação de chash de Bancos, praça pública, prédios públicos, espaços particulares, entre outros), como justificativa dos desvios de comportamento de muitos daqueles jovens sob a inoperância de boa parte dos pais.
Em que pesem tais observações, devo salientar que em nome da preservação dessa cultura, todo esforço é pouco, haja vista a sua importância para a nossa memória histórica. Porém, é preciso muito cuidado e muita prudência, mas sobremodo o braço forte da lei, punindo os culpados.
A novidade desse ano é o apoio mais de perto, interado até, da Secretaria Municipal de Esporte e Lazer. A organização promete fazer uma das maiores festas dos últimos anos. Torcemos para que ela traga de volta os fantasmas de Seu Temístocles, Maninho de Zilá, Zé Monteiro do Bar e tantos outros que em tempos distantes fizeram da expressão “Lagarto em chamas” uma explosão de alegria e de diversão.
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